Nesta última semana, andei conferindo o primeiro volume de Les Vieux Fourneaux, cuja tradução literal do francês é Os Velhos Fornos. Trata-se uma narrativa original, bem-humorada e recheada de emoção, que traz protagonistas bem idosos e que ainda tem energia para aprontar muitas confusões. Não cheguei ainda ao fim de sua trama, devido à quantidade excepcional de leituras que tenho no momento, mas posso escrever algo sobre o álbum.
Já para começo de história, tudo começa com um enterro. Antoine acabou de perder sua esposa Lucette, com a qual passou os últimos cinquenta anos. Seus atrapalhados amigos, Mimile et Pierrot, chegam atrasados ao velório da velha dama, não conseguindo presenciar nem o momento da cremação do corpo. Os transtornos que provocam no trânsito, durante o deslocamento, são irresponsavelmente hilários e dignos das melhores comédias do Gendarme, de Louis de Funès. Para passar o tempo e fugir do momento de dor, o trio começa a recordar saudosos momentos de sua juventude. No dia seguinte, Mimile et Pierrot partem em busca do agora desaparecido Antoine, junto com a neta do amigo, grávida de sete meses. Eles procuram evitar que seu colega, armado, furioso e cheio de ciúmes, possa cometer uma tragédia. É que ele descobriu que a falecida mulher, em sua juventude, o traiu com um antigo patrão, dono de um grande conglomerado químico, com o qual já teve sérias disputas sindicalistas. Após localizar a moradia do empresário, na Toscana (Itália), parte para acertar as contas. Muitos imprevistos e risos estão à espera do leitor nesta agitada e geriátrica aventura.
Les Vieux Fourneaux: Tome 1 – Ceux qui restent tem capa dura, desenho e cores de Paul Cauuet, texto de Wilfrid Lupano, idioma em francês e a marca da Dargaud. O quadrinho foi um inesquecível presente da Livraria Francesa e não tem tradução para o português. O segundo volume da saga já saiu na Europa.
Por PH.
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