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Réquiem por um Azul, a emocionante aventura de 2003 dos Túnicas Azuis que saiu em Portugal

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Escrito por PH

fotoNuma época em que o site Tujaviu se encontra inteiramente encantado pelos Túnicas Azuis, série que chegou a circular nos anos 1980 no Brasil pela Martins Fontes, vale a pena lembrar um título da franquia que saiu em Portugal em 2003, pela ASA, intitulado Réquiem por um Azul (Requiem pour un bleue), lançado simultaneamente com o original belga.

Os Túnicas Azuis foram criados em 1968 pelo desenhista Louis Salvérius e pelo roteirista Raoul Cauvin, para a revista Spirou. Passaram a ser desenhados por Willy Lambil, depois de 1972, após a morte de Salvérius. Os Túnicas Azuis substituíram Lucky Luke, quando este deixou Spirou com destino ao Jornal Pilote.

Antes, para quem nunca ouviu falar sobre esse quadrinho, trata-se de um Western humorístico que tem trama se passando em plena Guerra da Secessão (Guerra Civil Americana), conflito que opôs os Yankees (Nortistas), dos quais entre o Sargento Chesterfield e o Cabo de Infantaria Blutch fazem parte, aos Confederados (Sulistas).

E essa dupla é sucesso certo, principalmente, devido às suas diferenças. Chesterfiled é gordinho, responsável e cumpridor de seus deveres, enquanto Blutch é magro e só pensa em desertar das fileiras Nortistas. Além desses protagonistas, Amélia Appletown, Capitão Stark e o Capitão Nepel coletam o elenco de personagens que ainda incluem participações eventuais de figuras ilustres, como o Presidente Lincoln e o General Lee, conhecido por ter comandado o Exército da Virgínia do Norte durante a Guerra Civil.

E a capa de Réquiem por um Azul, mostrando Chesterfield diante de uma sepultura em um cemitério, dá pistas de que o argumento dessa BD é surpreendente! O sargento descobre que seu amigo Blutch está morto e decide fazer uma retrospectiva dos últimos movimentos cabo. O problema é que não será tão fácil assim, pois as versões sobre o desaparecimento de Blutch divergem. O que teria realmente acontecido com ele? No meio de tantas incertezas, Chesterfield não conseguirá ter Blutch como herói por muito tempo, assim que descobrir a verdade, numa narrativa emocionante que deixa o humor um pouco de lado para explorar a falta emocional que Blutch fará a Chesterfield.

Essa HQ de 46 páginas corresponde ao tomo 46 da série em francês, publicada pela Dupuis.

Assim que ler o álbum, darei mais detalhes.

Por PH.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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