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Em cartaz no Festival Varilux, O Homem do Rio tem cena que se passa na Feira do Livro da Cinelândia

Escrito por PH

Untitdfddfled-7Enquanto o Festival Varilux continua em cartaz em várias cidades brasileiras, até o dia 17 de junho, exibindo o melhor do cinema francês, tive o prazer de conferir pelo menos um de seus filmes. O longa tem muito a ver com meu país. Em 1964, o ator francês Jean-Paul Belmondo esteve no Brasil para filmar O Homem do Rio (L’Homme de Rio), uma produção ítalo-francesa, dirigida por Philippe de Broca. Ela foi baseada em roteiro de Ariane Mnouchkine, Daniel Boulanger, Philippe de Broca e Jean-Paul Rappeneau. A narrativa é originada pelo furto ocorrido num museu francês. O objeto roubado é uma antiga estátua que teria pertencido a uma desaparecida civilização amazônica. Cabe ao personagem principal, Adrien Dufourquet (Belmondo), resolver o mistério, a partir do momento em que sua namorada, Agnès Villermosa (Françoise Dorléac), é sequestrada e levada para terras cariocas.

Além do Rio, o destino do herói passa por Brasília (ainda em construção) e Amazônia. Em sua primeira parada, após desembarcar no aeroporto Santos DumontDufourquet vai direto para a Praça Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. Ocasionalmente, este famoso ponto turístico da cidade é palco de uma feira itinerante de livros. Por coincidência, ela estava sendo realizada na época em que o filme foi rodado. Os produtores resolveram então se aproveitar do fato e prepararam uma engraçada cena. Completamente perdido, Adrien se dirige a uma barraca da lendária EBAL (Editora Brasil-América). Lá, ele imagina que alguém poderia se comunicar com ele em inglês. No lugar, encontra apenas uma linda morena. Ao ser questionada sobre seu idioma, responde que fala apenas português. Sem ter como continuar o papo, Adrien parte do lugar para mais peripécias sul-americanas.

A tomada mostra, em detalhes, uma romântica e saudosa Cinelândia, região que fica em torno da Praça Floriano, no centro da metrópole carioca. Seu nome vem da quantidade de cinemas que existiram ali no passado. A sequência protagonizada por Belmondo presta, além disso, uma homenagem a uma das melhores editoras nacionais de quadrinhos que já existiu.

L’Homme de Rio é uma película de aventura, como não existem mais hoje em dia. Com pouca trilha musical para marcar momentos de ação e cenas perigosas, protagonizadas sem dublê pelo próprio Belmondo, a história faz o espectador mergulhar na trama e redescobrir uma Sétima Arte ingênua e sem efeitos especiais mirabolantes, embora eficaz. Já tinha assistido áà película no DVD, mas confesso que na telona e com cópia restaurada, todas as sensações ficam amplificadas.

Como curiosidade, Jean-Paul Belmondo foi a inspiração para o rosto de um famoso herói franco-belga das HQs de Faroeste. Sua face está estampada, até hoje, na fisionomia do Tenente Mike Steve Donovan, mais conhecido como Blueberry, criação do falecido desenhista Jean Giraud (Moebius). Outro fato interessante está por trás da inspiração que Steven Spielberg teve para imaginar seu Indiana Jones. Após ter visto O Homem do Rio em nove ocasiões, não exitou em criar umas das mais famosas sagas do cinema.

Veja, a seguir, as fotos que extraímos do filme L’Homme de Rio, mostrando Belmondo em ação num Rio de antigamente.

Esta matéria já havia sido publicada no site, mas volta agora com texto atualizado, em função do Festival Varilux.

Por PH.

L’homme de Rio – Les Productions Associés – United Artists (1964).

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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