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Confira os melhores manuais para passar um excelente carnaval

Escrito por PH

nova materiaHouve um tempo, entre 1971 e 1976, em que a grande mania da garotada era comprar os manuais da Disney que chegavam às bancas, pela Editora Abril. Comecei a adquiri-los com seis anos de idade e só parei aos onze. Posso dizer que fizeram parte da minha infância e de muita gente por aí, que hoje ronda na casa dos 50 anos. Eram edições bem instrutivas e que ensinavam muitas coisas legais aos pequenos de então. Me recordo que pedia a meus pais que passassem no jornaleiro para garantir meus exemplares e já aguardava ansioso pelo próximo volume. Todos receberam dedicatórias carinhosas e inesquecíveis de meus progenitores. Conservando cada um desses livros, já naqueles saudosos anos 1970, percebi que abrigava um verdadeiro colecionador dentro de mim. O cuidado com esse material foi tamanho, que eles estão comigo até hoje. em ótimo estado. Não vendo, não empresto, não dou e só os mostro para alguém, desde que estejam em minhas mãos. São coisas de quem zela por um acervo particular e precioso!

Nestes dias de carnaval, em que a folia e o álcool não me seduzem, resolvi tirar todos os manuais da estante, fotografá-los e escrever algo sobre cada um deles, datando-os e colocando-os por ordem cronológica de publicação. Cheguei até a tirar um self “manual”, se é que perceberam o trocadilho, para registrar a empreitada. É a última imagem postada. Espero que gostem dele e de todas as fotos a seguir. Recordar é viver!

Começo com o Manual do Escoteiro Mirim (segunda edição – dezembro de 1971). Ele trazia os sobrinhos do Pato Donald, Huguinho, Zezinho e Luizinho, ensinado a fazer nós, a decifrar mensagens secretas e contando todos os segredos do Alfabeto Morse, entre outras coisas bacanas. Nele, também aprendi o vocabulário de gestos dos Pele-Vermelhas. Nunca esqueci disso! Tinha 259 páginas.

Escoteiro 1 bom

Escoteiro 2 pagO Manual do Tio Patinhas (julho de 1972) vinha com a Moeda Número 1, peça rara hoje em dia. Foi a primeira moeda que o Tio Patinhas ganhou na vida e marcou o início de sua colossal fortuna. Era uma peça de metal incrível! O livro citava o Rei Midas, contava a história do dinheiro e mostrava os carros mais caros do mundo, além de muito mais. Ostentava 253 páginas.

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Tio pag

O Manual do Mickey (março de 1973) tinha fabulosas 250 páginas e era o meu preferido. Falava de espiões, polícia, bandidos, crimes famosos, impressões digitais e por aí vai. Contava com uma introdução que narrava as origens do personagem.

Mickey bom

Mickey pag

O manual da Maga & Mim (agosto de 1973) continha às feitiçarias de Maga Patolójika e Madame Mim, dupla do oculto e mistério. Trazia encantos, astrologia, horóscopo, mágicas, significado das cores e tudo o que os bruxinhos da época precisavam saber sobre o mundo da magia. Tinha 189 páginas.

Maga bom

Maga pag

O Manual do Peninha (novembro de 1973) apresentava 186 páginas. Peninha era o jornalista da turma e explicava tudo sobre imprensa, telégrafo, jornalismo, fotografias, sem esquecer de contar como foi a primeira reportagem do Brasil. Cheguei a fazer jornalismo, influenciado por suas fascinantes páginas, embora não tenha completado o curso.

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Peninha pag

O Manual do Professor Pardal (dezembro de 1973), com 249 páginas, era o livro de inventos que a criançada disputava a tapas. Tecnologia sempre mexeu com o ser humano, não muito diferente do que acontece nos dias de hoje. Robôs, motores, a história dos navios e submarinos e variadas experiências do Professor Pardal fizeram a cabeça da meninada da época.

Pardal bom

Pardal pag

O Manual do Gastão (1975) tinha 186 páginas e falava basicamente da sorte, superstição, amuletos, simpatias e tudo o que servisse para atrair riqueza e dinheiro para as pessoas. Se tivesse usado os ensinos do Gastão, corretamente, teria ficado milionário. Será?

Gastão bom

Gastao pag

O Segundo Manual do Escoteiro Mirim (setembro de 1976) foi o último que eu comprei. Eram 186 páginas de informações úteis para os futuros escoteiros. A edição trazia dicas sobre árvores, pássaros, raios, peixes e muito mais. Não me tornei escoteiro, mas matei minha curiosidade sobre este cativante universo.

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Que eu saiba, a coleção prosseguiu com o “Manual do Zé Carioca”, “Autorama: O Manual do Automóvel”, “Manual da Vovó Donalda”, “Manual da Copa do Mundo”, “Manual da Televisão” e “Biblioteca do Escoteiro Mirim”. Pelo que me lembro, já estava começando a ficar grandinho, nestes tempos, e perdi o interesse pela série. Felizmente, consegui conservar parte disso tudo e ter a oportunidade de exibir o material aqui. Até a próxima e curtam meu self “manual”.

Por PH.

Imagens: Editora Abril / Disney.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

2 Comentários

  • Como nesse self do tujaviu! Que eu visualizo a minha infância.Cercada de gibis do tio patinhas, cascão, cebolinha , riquinho, Quadrinhos sempre fizeram parte da minha infância.

  • Matéria muito bacana, parabéns! Meu primeiro contato com estes manuais foi um anúncio de revista falando do Manual do Peninha, pedi a meu pai, coitado…não tínhamos condiçoes financeiras e só fiquei mesmo com a página do anúncio rsrs. Mas graças a Deus pouco a pouco fui garimpando e tenho todos, inclusive as reedições…volto ao tempo sempre que folheio estas raridades. O manual do Peninha tenho dois rsrrs

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